"Suprima o pedestal, de repente você estará ao nível das crianças. Você as verá não com olhos de pedagogos e chefes, mas com olhos de homens e crianças, e com este ato você reduzirá seguidamente a perigosa separação entre aluno e professor que existe na escola tradicional". Freinet
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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Educação do futuro

Educação do Futuro, de Quem Depende?

Autor: Carla Priscila Alves da Silva.

Resumo:

O futuro de nossa educação depende das escolhas que fazemos hoje, sejamos governantes, alunos, educadores, participes de uma comunidades, entre outros, e para isso é preciso ter formulado em mente os objetivos almejados, ou seja, até onde se pretende chegar, fazendo uma reflexão relevante sobre nossas atitudes e ações no âmbito educacional. É nesse contexto que o artigo apresenta de forma sintetizada uma analise sobre a formação e a atuação dos profissionais ligados a educação em frente às inúmeras mudanças que ocorrem no mundo, enfatizando as complexidades entre realidade, novas tecnologias e meio escolar.

A educação é algo complexo, que precisa ser planejada e articulada por seus mediadores, torna-se claro então que os educadores precisam ser bem preparados, pois lidam com seres de um mundo e em formação, mas aí se perguntamos, será mesmo que está acontecendo essa boa formação de nossos educadores? Ou talvez seja preciso se reestudar a forma como nossos profissionais estão sendo preparados? Para se ter um melhor aprofundamento sobre tais indagações é preciso analisar o dia-a-dia das nossas escolas, verificando se realmente se estas sabem encarar as diversidades do mundo estudantil que cada vez mais se mostra com varias facetas.

"(...) Sendo todas as coisas causadas e causadoras, ajudadas ou ajudantes, mediatas ou imediatas, e sustentando-se todas por um elo natural e insensível que une as mais distantes e as mais distantes e as mais diferentes, considero ser impossível conhecer as partes sem conhecer o todo, tampouco conhecer o todo sem conhecer as partes"
Blaise Pascal (1623-1662), pensamentos.

Iniciando uma reflexão sobre o que falou Blaise e trazendo para o nosso contexto, fica claro que falaremos sobre educação e educadores, para se saber sobre como anda essa educação nada melhor que conhecer bem quem articula o conhecimento, ou simplesmente o contrario, conhecendo como anda um certo grupo de alunos vamos saber que tipo de educador eles possuem, ou seja, alunos e professores são algo completamente ligados, não se pode desvincular esses seres pois os mesmos interagem e possuem um forte elo.

No mundo as transformações são inerentes a qualquer sociedade e lugar, os conhecimentos são acumulados e associados ao conhecimento de seu tempo, esses saberes dão ao homem as condições necessárias para a mudança, e a construção desses conhecimentos é vivenciado no dia-a-dia, passo a passo, através de estímulos contínuos, e o principal lugar para ocorrer essa estimulação encontra-se no ambiente educacional. Os dias de hoje são bem diferentes do passado e nesta pespectiva que se volta esse trabalho, na de preparar pessoas para lidar com essas intensas mudanças,não só as já ocorreram, más as que ainda estão por vir, trata-se de uma revolução da maneira como o nosso mundo está caminhando e cada educador tem a responsabilidade sobre o avanço da aprendizagem e na maneira de como a população ao redor do mundo conhece o universo alheio.

Sabe-se que o mundo não para, as mudanças acontecem a todo o momento e em veloz intensidade, na escola não é diferente, precisamos colocar a escola diante de seu tempo real, onde se é capaz de ensinar e aprender de maneira dinâmica, pratica e criativa, deixando de lado os aspectos tradicionais da sala de aula e aprendendo a lidar com um tempo diferente. Para lidar com essas ligeiras mudanças, se faz preciso adquirir profissionais agis e habilidosos , capazes não só de ensinar, mas principalmente transformar pensamentos, ajudando assim a construir um alguém verdadeiramente cidadão, capaz de atuar no seu meio e a seu tempo criticamente, desenvolvendo assim seus aspectos sociais. Esse é o grande motivo dos educadores precisarem rever e transformar suas atitudes, buscando novos métodos e instrumentos que auxiliem na desenvoltura profissional.

As novas descobertas: sabemos lidar com elas?

Atualmente, existem milhares de novidades que as crianças e jovens desconhecem, a escola, deveria ter o papel de fazê-las conhecer, no entanto, grande parte, dos professores atuais ainda não estão preparados para lidar com essas novidades,e continuam a utilizar métodos tradicionais, apenas quadro, giz, livros didáticos e aulas expositivas, o que faz despertar nos educandos o desinteresse pela escola e por tudo que nela existe. Grande culpa do atraso das escolas diante do mundo e das tecnologias que nele tem, acontece por parte das políticas voltadas para educação, pois a maioria das escolas funcionam em má condição, sem nenhum recurso tecnológico, e os professores também não tem condição nem capacitação para trazer esses novos meios ao ambiente escolar.

É comum, encontrar escolas que possuem recursos e os professores não sabem como lidar com eles e mesmo contendo recursos que possibilitam uma ótima aprendizagem , não são utilizados e os professores continuam a lecionar com seus meios tradicionais. É hora de se perguntar , por onde andam os educadores que estão se formando no presente? Que tiveram sua formação terminada em meio ao tempo das tecnologias?Será que também não estão sendo capacitados para enfrentar as modificações do mundo? Ou será que não conseguiram seu espaço no âmbito educacional e andam perdidos por aí? É preciso rever o por que de nossas escolas ainda andarem no passado, fazendo com que os seres de nosso tempo presente também fiquem para trás e andem por aí considerando a escola um lugar chato e sem perspectiva de aprendizagem. Esse é considerado um problema de difícil solução, pois é fundamental para se ter um bom desenvolvimento que os alunos sintam prazer em aprender e que os professores compreendam o que venha a ser motivação e o caminho para construí-la, para assim poder agir em torno de suas próprias ações e modificá-las, tornando-se um mediador do conhecimento, mantendo-se atualizado e informado a cerca do que é novo, podendo assim formar cidadãos cada vez mais capacitados.

Ser educador, é participar do crescimento de alguém, e podemos ter a clareza que não podemos olhar para a sala de aula, apenas, como um lugar onde são repassados meros conhecimentos e sim o lugar onde são reavaliados os conhecimentos pré-existentes para a partir deles transformar pensamentos e atitudes.

Espalhados pelo mundo a fora, há muitos meios tecnológicos que grande parte da população desconhece, são poucos os que têm acesso. No espaço educacional pouco a pouco essas tecnologias vem alcançando seu espaço, ainda não em grande escala, más já existe um pequeno avanço nessa área, principalmente nas escolas publicas onde esses recursos eram escassos, agora os governantes começaram a investir, mas o que se vê é que algo tão desejado e almejado esta tomando o rumo do desperdício, pois a tecnologia tão sonhada está chegando às escolas e continuando inutilizada em algum canto, as vezes ainda empacotados. Por que será que isto acontece? Desejava-se tanto e por que não se utiliza? Essas indagações é de fácil resposta, isso acontece por causa da falta de aperfeiçoamento de nossos educadores, pois os mesmos não tem condição financeira nem tempo para interagir com as novas tecnologias, e quem acaba tendo o prejuízo são nossos educandos que se consideram desestimulados e sem capacidade diante de um mundo tão diferente do que enxergam na escola.

A educação deve favorecer a aptidão natural da mente em formular e resolver problemas essenciais e de forma cor relatados, estimular o uso total da inteligência geral. Este uso total pede o livre exercício da curiosidade, a faculdade mais expandida e a mais viva durante a inicia, que com freqüência a instrução extingue e que , ao contrario se trata de estimular ou caso esteja adormecida, de despertar. ( MORIN, 2000, p. 39.).

Analisando o que diz MORIN, a educação deve ser capaz de estimular e desenvolver a vida e mesmo quando se está por baixo, desestimulado, um educador deve ter a capacidade de despertar, de fazer os educandos acordarem para o mundo que os cerca, olhando para a educação como algo prazeroso e estimulante.

Portanto fica provado que estamos vivendo em um tempo de intensas transformações em tudo que existe, e no âmbito escolar não se torna diferente, as praticas educacionais antigas não irão funcionar em meio a pessoas com mentes tão diferentes do passado. Por isso a atualização dos profissionais ligados a educação se torna indispensável, pois vivemos em um mundo onde a criatividade e o conhecimento se faz necessário em todos os convívios, mas se torna primordial em meio ao ambiente de ensino. A sala de aula não é um lugar apenas de quadro e giz e aula expositiva, hoje ela se transformou em um lugar de tecnologias, jogos brincadeiras, recursos áudios-visuais e muitos outros equipamentos atuantes no contexto educacional em nosso tempo, e se faz de total importância a aquisição de profissionais bem preparados, pois os desafios existem e cabe ao educador saber enfrentá-los, se capacitando e transformado suas práticas, tornando-se educadores capazes de formar dignos cidadãos que farão o nosso futuro.

Referencias Bibliográficas

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários a educação do futuro. Tradução de Catarina Eleonora F. da Silva e Jeane Sawaya. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2000. Titulo original: Lês sept Savoirs nécessaires à l?education du futur.


MORIN, Edgar. A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Tradução de Eloá Jacobina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. Titulo original: La tê tê bien faite.

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