"Suprima o pedestal, de repente você estará ao nível das crianças. Você as verá não com olhos de pedagogos e chefes, mas com olhos de homens e crianças, e com este ato você reduzirá seguidamente a perigosa separação entre aluno e professor que existe na escola tradicional". Freinet
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Como surgiu este blog

blog – liga da leninha _ pedagogas em ação

No dia 25/08/2011, nosso primeiro encontro com a professora Alzira da disciplina Organização da Educação Infantil, ela nos propôs que realizássemos o projeto “Árvores dos Desejos”,  nos pediu para que escrevêssemos em uma folha o que esperávamos da disciplina, em seguida colocamos os papéis no chão formando um circulo, e fomos lendo os desejos umas das outras,  à medida que foram surgindo afinidades dos temas fomos formando grupos.
Ao longo do semestre, a professora disponibilizou algumas aulas para que pudéssemos nos reunir e discutir o andamento do projeto. Alguns grupos foram fazendo apresentações no decorrer do período, outros estavam trabalhando mais em silêncio.
No princípio, pareceu que nem todas as alunas levaram este projeto muito a sério, mas no processo de desenvolver dos trabalhos fomos nos envolvendo mais com os temas. Cada grupo teria que apresentar o seu tema para toda a turma.
A temática do nosso grupo foi definida como “Formação Continuada”, pesquisamos, reunimos alguns textos e nos informações sobre o assunto, mas precisávamos definir como apresentaríamos o  trabalho. Então surgiu a ideia de criar um blog, que no início teve o intuito de ser apenas uma forma de apresentarmos o nosso trabalho, mas percebemos que um trabalho que alcançou proporções tão elevadas, não poderia ficar apenas para nós.
Então está aí, o primeiro blog do 4º Período de Pedagogia-Manhã 2º semestre 2011 da Fundação Helena Antipoff, sintam-se à vontade para participarem e contribuírem para o crescimento deste trabalho, que é de toda a turma.
Componentes: Scheila, Danielle, Wiara, Claudia.

Criar um blog foi uma de nossas tentativas de diminuir a distancia entre professores e o mundo tecnológico, de também aproveitar o lado bom da mesma para criar vínculos entre mestres de toda parte do mundo.
O projeto “árvore dos desejos” idealizado pela professora Alzira a frente da disciplina Organização da Educação Infantil é responsável por este fruto, o blog Liga da Leninha com o qual queremos ficar conhecidas como uma turma unida em nome de Helena Antipoff que bem antes de nós se preocupou com a formação continuada de professores atuantes.
Os blogs e a internet são uma grande arma para este desafio, manter professores atualizados e conhecedores do mundo no qual os nossos alunos são narradores ativos e participantes.

Pedagogas.
“Evidentemente, há só um meio de escapar ao espetáculo de nós mesmos
e da censura de nossa consciência-agir.
É necessário agir de tal maneira que a finalidade da ação nunca
seja em proveito de nós mesmos, e sim agir tendo em vista outras plagas e outras vidas.”

HELENA ANTIPOFF


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O Que é Pedagogia de Projetos?

O que são projetos?
São inúmeras as atividades humanas nas quais, atualmente, a idéia de projetos está colocada como uma nova forma de organizar e realizar as atividades profissionais.
acesse o site e saiba mais
www.projetospedagogicosdinamicos.kit.net

Almanaque

Um almanaque ou Almanach (do árabe al-manākh) é uma publicação (originalmente anual) que reúne um calendário com datas das principais efemérides astronômicas como os solstícios e as fases lunares, mas atualmente os almanaques englobam outras informações com atualizações periódicas específicas a vários campos do conhecimento

Clique aqui Veja o almanaque Produzido pelas alunas do Curso de Pedagogia FHA/ISEAT

SUGESTÃO: Professor(a) você pode trabalhar o almanaque com sua classe.

ALFABETIZAÇÃO

Ajustar a fala à escrita, desafio de quem lê cordel
Blog - Projeto de cordelPor Sil Augusto 0

cordel5.jpg

Todos sabem que para as crianças se alfabetizarem plenamente, precisam ter um contato intenso com os textos. Mas que tipo de contato é esse? E que tipo de texto elas precisam?

O planejamento do trabalho de alfabetização pressupõe a escolha da qualidade e da quantidade de textos, mas também uma certa ordenação. É importante decidir por onde começar, o que ler primeiro, como ler, o que deve ser disponibilizado na sala etc. No caso desse projeto, consideramos alguns critérios de escolha dos autores e dos tipos de cordel que apresentaríamos às crianças. Escolhemos muitos clássicos, textos de diferentes tipos e funções. Os folhetos de cordel foram trazidos para a sala e passaram a "morar" ao lado da estante dos demais livros, num varal onde ficaram pendurados à altura das crianças. Alguns eram realmente curtos e de fácil memorização, mesmo porque, o modo com as rimas são construídas, ajuda o leitor a memorizá-las.

Apresentamos também textos bem pequenos e muito diferentes dos romances clássicos, obras de um autor de cordel contemporâneo, aliás, o mais velho cordelista vivo: J. Borges. O autor intitulou a coleção de “Cordel para Crianças”. Escolhemos essa coleção porque, segundo nossa avaliação, um forte potencial para ser assimilado como parte do repertório de memória do grupo. E por que achávamos que esse seria um bom repertório para o grupo? Não apenas porque os textos eram curtos, mas principalmente, porque eram muito divertidos e bem construídos.

A coleção do Borges logo virou uma febre. Assim, o primeiro movimento das crianças foi para formar a preferência literária. Nas rodas de leitura elas podiam indicar os cordéis que gostariam de ler. E de tanto que pediam para ler, e ler de novo e ler mais uma vez, acabaram por memorizar trechos dos favoritos, principalmente do início. O campeão de audiência da turma era A Cachorra Matraca e O Galo de Honório. As crianças morriam de rir ao ouvir as passagens que apresentavam palavras que para eles eram “palavrões”, termos que não se usa normalmente no cotidiano. Além do que, a história, na verdade, é um caso engraçado. Diogo, Noah e Ricardo passaram a ser assíduos freqüentadores das rodas de leitura e, em pouco tempo, a história foi memorizada. Théo e Maurício passaram a improvisar outras histórias partindo daquela estrutura rítmica e do mote principal, com eventos engraçados e constrangedores. Já Mariana, Bruna e Marina gostavam de repetir as histórias de princesas como a da linda Creusa, que presa na torre só aparece na janela uma vez por ano para mostrar toda sua beleza, ou ainda a Princesa da Pedra Fina, cujo encanto foi quebrado por um valente príncipe. Mas claro que se houvesse uma rodinha em que alguém prometesse cantarO Galo de Honório lá estavam elas.

Com a concorrência de tantos novos folhetos, as crianças começaram a apelar para os amigos que tinham autonomia para ler o texto para um pequeno grupo que se aboletava diante do cordão estendido no canto da sala, onde deixávamos pendurados os cordéis.

Isso criou uma condição ótima para todo o grupo que estava aprendendo a ler: todos gostavam muito de ouvir as leituras, tinham os textos em mãos e sabiam trechos de memória. Ficava, então, a tarefa de ajustar o falado ao escrito, orientando-se pelas estrofes, seguindo o modelo dos amigos e do próprio professor que lia para a sala. A curiosidade e o desejo da criança que quer ler, e as condições necessárias para o fazê-lo são os dois pontos que unem o círculo dos leitores recém alfabetizados. Assim, as crianças foram aos poucos regulando o ritmo da leitura a cada linha do poema, constatando algumas regularidades nos encontros daquilo que falamos àquilo que se escreve, constituindo uma experiência leitora das mais relevantes.

E você, leitor, já pensou em situações semelhantes para criar um ambiente propício à alfabetização? Pensou sobre as tantas possibilidades de leitura a partir de textos que se sabe de memória? Traga suas experiências para esse blog. Na próxima página, vou apresentar algumas outras situações que os professores podem fazer para ajudar a criança a ler por conta própria a partir dos textos que sabe de cor.


Paulo Freire / Jean Piaget

Verdades da Profissão de Professor

Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.
Paulo Freire


"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe."

(Jean Piaget)



"Eu e minha classe" ou "Nós e nossa escola"

Formação de professores numa escola aprendiz

Devemos substituir o “eu e minha classe” por uma afirmativa consistente de “nós e nossa escola”. Com essa ideia na cabeça, a professora Monica Gather Thurler, da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Genebra, na Suíça, desenvolveu suas ideias sobre a formação contínua de professores num seminário promovido pela Pueri Domus Escolas Associadas, em conjunto com a Artmed Editora, que reuniu cerca de 700 pessoas no Hotel Intercontinental, em São Paulo, nos dias 10 e 11 de agosto, e contou também com a participação de Philippe Perrenoud, educador e pesquisador da mesma universidade suíça.
Thurler trabalha em pesquisas sobre a profissionalização de professores e no desenvolvimento da qualidade de sistemas de ensino. É autora do livro Inovar no interior da escola, lançamento recente da Artmed Editora. Em sua palestra, disse que os novos objetivos de aprendizagem levam em conta o desenvolvimento de competências: “A experiência mostra que os alunos só aprendem quando enfrentam situações didáticas em que são obrigados a ultrapassar obstáculos e a construir novos saberes, consolidando suas aquisições”. Para desenvolver estratégias didáticas nesta lógica, os professores precisam conhecer os objetivos de aprendizagem e os planos de estudo, além da diversidade de situações problema que devem construir entre si e que podem adaptar conforme a necessidade e circunstância. Segundo a pesquisadora, seria desejável também dispor de um bom conhecimento dos processos em que os alunos constroem seus saberes.
Thurler considera que a gestão dos percursos de formação por ciclos, em que todos os sistemas estão envolvidos, obriga a assumir coletivamente a responsabilidade pela progressão dos alunos. Para que isso dê certo, os professores deveriam questionar e reinventar constantemente não só as praticas pedagógicas, mas também as relações profissionais e a organização do trabalho em sua escola. “É preciso criar novos processos mais flexíveis e moduláveis que acabe com atribuição fixa das classes (de aula) para uma só pessoa; que acabe com o eu e minha classe, com a divisão tradicional do trabalho, a fim de trabalhar melhor e colocar em sinergia as competências existentes, ou seja, é preciso falar juntos e nossos alunos”, explicou.
Os professores, no entendimento de Thurler, acreditam que a avaliação e o controle precedem o ensino ao invés de utilizá-los para gerenciar melhor a progressão dos alunos. “Os novos dispositivos propostos pela introdução dos ciclos praticamente proíbem a repetência e nos obrigam a desenvolver uma pedagogia diferenciada, que leve em conta as necessidades de todos os alunos, obrigando os professores a valorizarem mais os processos que os produtos da aprendizagem”, frisou a pesquisadora, dizendo que há novas modalidade de controle e de feedback.
Sobre a relação entre os profissionais de educação, Thurler explicou que “é muito difícil os professores receberem feedback dos colegas”. Para ela, isso somente acontece quando o professor é inexperiente. E completou: “Em outras profissões humanistas, isso acontece com freqüência, para ajudar colegas a identificarem alguns pontos que não foram atingidos ou pontos positivos para valorizar o trabalho”. Como desdobramento dessa noção, a obrigação em prestar contas sobre o trabalho realizado também é uma exigência. “A maioria dos professores não têm certeza se seu ensino produz realmente a aprendizagem desejada e confiam cegamente na sua capacidade de programação didática e na validade de seu sistema de avaliação; ou se fecham em uma atitude mais resignada e até mesmo cínica diante da dificuldade de fazer com que seus esforços correspondam a efeitos reais e palpáveis”, salientou.
Outro tema trabalhado pela professora da Universidade de Genebra foi o novo paradigma da formação, que substitui o modelo de especialistas pelo modelo distributivo, em que os professores trabalham de forma conjunta para elaborar juntos novos saberes e novas competências profissionais. Em outras palavras, o objetivo é montar uma rede de competências existentes e, com isso, identificar competências pela reflexão constante sobre a coerência de novas práticas.
Segundo seus estudos, podemos imaginar um conjunto de quatro tópicos complementares para combinarmos os procedimentos de formação que já existem aos novos enfoques. São eles: sensibilização aos objetivos e desafios das reformas; desenvolvimento de competências didáticas e pedagógicas; e iniciação à exploração colaborativa e cooperação continua em uma organização aprendiz. Em outras palavras, uma tentativa de construir no seio dos estabelecimentos escolares projetos nos quais os professores vão se profissionalizar de forma interativa, questionando suas práticas e também identificando objetivos comuns.

Origem do texto: http://www.educabrasil.com.br/eb/exe/texto.asp?id=429
PUBLICADO EM: UNCATEGORIZED

Paulo Freire

Verdades da Profissão de Professor

Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.
Paulo Freire

Poema

Os professores da minha escola

A professora de Matemática,
com suas contas complicadas,
falando em equações,
no Teorema de Pitágoras.

A professora de Português,
com seu modo indicativo,
falando em advérbios,
interjeições, substantivos.

A professora de Geografia,
com seus complexos regionais,
falando em sítios urbanos,
em pontos cardeais.

A professora de Ciências,
com seus ensinamentos ecológicos,
falando em evolução,
em estudos biológicos.

A professora de História,
com seus povos bizantinos,
falando na Idade Média,
no Imperador Constantino.

A professora de Inglês,
com seus don't, do e does,
falando em personal pronouns,
na diferença entre go e goes.

A professora de Artes,
com suas obras e seus artistas,
falando em artes ópticas,
em pintores surrealistas.

O professor de Educação Física,
com suas regras de voleibol,
falando sobre basquete,
em times de futebol.

Os professores da minha escola,
com suas matérias que às vezes não entendemos,
falando em todas as coisas,
que aos poucos vamos aprendendo.
Clarice Pacheco

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

FORMAÇÃO

Pesquisa e formação

DOMÍNIO PÚBLICO
Com um acervo de mais de 123 mil obras e um registro de 18,4 milhões de visitas, o Portal Domínio Público é a maior biblioteca virtual do Brasil (dados de junho de 2009). Lançado em 2004, o portal oferece acesso gratuito a obras literárias, artísticas e científicas (na forma de textos, sons, imagens e vídeos), já em domínio público ou que tenham a sua divulgação autorizada.

CURSOS

Formação continuada

Acesse Portal do MEC e saiba mais.
http://portal.mec.gov.br/i

Material didático - Filme didático

EDUCAÇÃO - Sugestão de filmes didáticos

A Corrente do Bem
A Culpa é do Fidel!
A Educação de Pequena Árvore
A Guerra dos Botões
A História Oficial
Além do Quadro Negro
A Língua das Mariposas
A Maçã
Ana e o Rei do Sião
Ao Mestre, Com Carinho
A Onda
A SOMBRA DO PIANO
A VOZ DO CORAÇÃO

sábado, 3 de dezembro de 2011

FORMAÇÃO DOCENTE


Impossível falar em qualidade de ensino, sem falar da formação do professor, questões que estão intimamente ligadas.
         A formação teórica e prática do professor, poderá contribuir para melhorar a qualidade do ensino, visto que, são as transformações sociais é que irão gerar transformações no ensino.
         Sendo assim, este artigo se ocupará de explanar sobre a relação existente entre a formação e a prática do professor.

2. A Formação e a Prática
Há algumas décadas, acreditava-se que, quando terminada a graduação, o profissional estaria apto para atuar na sua área o resto da vida. Hoje a realidade é diferente, principalmente para o profissional docente. Este deve estar consciente de que sua formação é permanente, e é integrada no seu dia-a-dia nas escolas. 
O professor não deve se abster de estudar, o prazer pelo estudo e a leitura deve ser evidente, senão não irá conseguir passar esse gosto para seus alunos“O professor que não aprende com prazer não ensinará com prazer. “ Snyders. (1990)
São grandes os desafios que o profissional docente enfrenta, mas manter-se atualizado e desenvolver práticas pedagógicas eficientes, são os principais.
Nóvoa (2002, p. 23) diz que: “O aprender contínuo é essencial se concentra em dois pilares: a própria pessoa, como agente, e a escola, como lugar de crescimento profissional permanente.” Para esse estudioso português, a formação continuada se dá de maneira coletiva e depende da experiência e da reflexão como instrumentos contínuos de análise.

3. A relação sócio-interacionista
A teoria do desenvolvimento intelectual de Vygotsky, sustenta que todo conhecimento é construído socialmente, no âmbito das relações humanas. Essa teoria, tem por base o desenvolvimento do indivíduo como resultado de um processo sócio-histórico, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento, sendo essa teoria considerada, histórico-social.
         O conhecimento que permite o desenvolvimento mental se dá na relação com os outros. Nessa perspectiva o professor constrói sua formação, fortalece e enriquece seu aprendizado. Por isso é importante ver a pessoa do professor e valorizar o saber de sua experiência.
         Para Nóvoa (1997, p.26): “A troca de experiências e a partilha de saberes consolidam espaços de formação mútua, nos quais cada professor é chamado a desempenhar, simultaneamente, o papel de formador e de formando.”
         O trabalho em equipe e o trabalho interdisciplinar se revelam importantes. Quando as decisões são tomadas em conjunto, desfavorece, de certa forma, a resistência às mudanças e todos passam a ser responsáveis para o sucesso da aprendizagem na escola.
         O trabalho interdisciplinar evita que os professores conduzam seus trabalhos isoladamente, em diferentes direções, pois a produção de práticas educativas eficazes, surge de uma reflexão da experiência pessoal partilhada entre os colegas.
         O sucesso profissional do professor, o espaço ideal para seu crescimento, sua formação continuada, pode ser também seu local de trabalho.

4.  O Professor como Prático-Reflexivo
            Estudos apontam que existe a necessidade de que o professor seja capaz de refletir sobre sua prática e direcioná-la segundo a realidade em que atua, voltada aos interesses e às necessidades dos alunos.
Nesse sentido, Freire, (1996, p.43) afirma que: “É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem é que se pode melhorar a próxima prática.”
         Para entendermos melhor esse aspecto, devemos recorrer a Schön.
         Donald Schön, foi idealizador do conceito de Professor Prático-Reflexivo, percebeu que em várias profissões, não apenas na prática docente, existem situações conflitantes, desafiantes, que a aplicação de técnicas convencionais, simplesmente não resolvem problemas.
         Não se trata aqui de abandonar a utilização da técnica na prática docente, mas haverá momentos em que o professor estará em situações conflitantes e ele não terá como guiar-se somente por critérios técnicos pré-estabelecidos.
         Para Nóvoa (1997, p.27):
“ As situações conflitantes que os professores são obrigados a enfrentar (e resolver) apresentam características únicas, exigindo portanto características únicas: o profissional competente possui capacidades de autodesenvolvimento reflexivo (…) A lógica da racionalidade técnica opõe-se sempre ao desenvolvimento de uma práxis reflexiva.”
            Os bons profissionais lançam mão de uma série de estratégias não planejadas, cheias de criatividade, para resolver problemas no dia-a-dia.
         Schön identifica nos bons profissionais uma combinação de ciência, técnica e arte. É esta dinâmica que possibilita o professor agir em contextos instáveis como o da sala de aula. O processo é essencialmente meta cognitivo, onde o professor dialoga com a realidade que lhe fala, em reflexão permanente.
         Ora, para maior mobilização do conceito de reflexão na formação de professores é necessário criar condições de trabalho em equipe entre os professores. Sendo assim, isso sugere que a escola deve criar espaço para esse crescimento.
         Nesse sentido, Schön (1997, p. 87) nos diz que:
(…) Nessa perspectiva o desenvolvimento de uma prática reflexiva eficaz tem que integrar o contexto institucional. O professor tem de se tornar um navegador atendo à burocracia. E os responsáveis escolares que queiram encorajar os professores a tornarem-se profissionais reflexivos devem criar espaços de liberdade tranqüila onde a reflexão seja possível. Estes são os dois lados da questão – aprender a ouvir os alunos e aprender a fazer da escola um lugar no qual seja possível ouvir os alunos – devem ser olhados como inseparáveis.”
A proposta prático-reflexiva, propõe-se a levar em conta esta série de variáveis do processo didático, seja aproveitando, seja buscando um processo de metacognição, onde o professor perceba os efeitos de sua atuação na aprendizagem de seus alunos.

5.  Formação e Valorização
            A real valorização do magistério precisa ter três alicerces sólidos: boa formação inicial, boa formação continuada e boas condições de trabalho, salário e carreira.
         A Universidade ocupa um papel essencial, mas não o único, para a formação do professor. Ás universidades cabe o papel de oferecer o potencial físico, humano e pedagógico para a formação acontecer no melhor nível de qualidade.
         Não é raro encontrarmos profissionais que responsabilizam a instituição pelo desajuste entre as informações recebidas e sua aplicabilidade. A formação só será completa quando esses profissionais se auto produzirem. Nóvoa (S/D) diz: “Os professores têm de se assumir como produtores da sua profissão.”
         O desenvolvimento profissional corresponde ao curso superior somado ao conhecimento acumulado ao longo da vida. Uma boa graduação é necessária, mas não basta, é essencial atualizar-se sempre, isso remete a necessidade da formação continuada no processo da atuação profissional, ou seja, há a necessidade da construção do saber, no processo de atuação profissional.
         A valorização e melhor remuneração que o profissional docente almeja, depende em boa parte de formação e atuação profissional.


FERNANDO PESSOA



 Fundação Vodafone Portugal divulgou a digitalização de cerca de 140 livros da biblioteca particular de Fernando Pessoa para consulta na internet. A digitalização do acervo foi feita pelo Centro de Linguística da Universidade de Lisboa, em Portugal. Os livros de vários gêneros e idiomas dedicatórias, anotações, assinaturas, notas, diagramas e poemas do maior poeta de língua portuguesa da história.
A coleção começou a ser construída a partir de 1898, com livros escolares do autor.

FORMAÇÃO CONTINUADA

Formação continuada: passado e futuro
O que já mudou na educação continuada e quais mudanças estão por vir.
Enquanto no passado - há 30 anos, por exemplo -, um recém-formado na universidade era considerado um profissional pronto e tinha praticamente vaga garantida nas áreas de trabalho, hoje o cenário é bem diferente. Se não houver atualização constante - seja por cursos em universidades, instituições ou outras entidades de ensino ou mesmo a partir processos autodidatas -, corre-se o risco de ficar defasado e não ser mais considerado "adequado" pelo o mercado de trabalho. 

Este processo de mudança não ocorreu de uma hora para outra. As exigências do mercado e a adaptação das universidades começaram lentamente na década de 1980 e explodiram nos anos 1990. "Em um certo sentido, podemos dizer que isso aconteceu na medida em que a Internet se tornou um movimento mais forte", afirma o pró-reitor de Graduação da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Mauro Braga.
 A Internet, segundo ele, acelerou a acumulação e a produção de conhecimento, fazendo com que a capacidade dos profissionais fosse muito mais exigida. 

Outros dois fatores que colaboraram com esse quadro foram o
 aumento da escolarização e a mudança no perfil do mundo do trabalho. Na medida em que há mais pessoas se formando no Ensino Médio, há uma demanda maior pelo Ensino Superior e, conseqüentemente, pela educação continuada. A sociedade vive na era da informação, na qual os trabalhos que usavam a força física para serem feitos são substituídos por tarefas que exigem informação técnica e abstrata, ou seja, que exigem a capacidade de construir o próprio conhecimento.

Para suprir a necessidade do mercado, as instituições de ensino superior criaram diversos cursos de pós-graduação, especializações ou extensões, seja para quem pretende seguir carreira acadêmica, ou para quem busca aprimorar conhecimentos a serem empregados em uma determinada área de atuação profissional. Para a gerente de divisão da área de Recrutamento e Seleção de Executivos da Gelre, Vera Modolo, o interesse das universidades não é apenas acadêmico, é comercial.

O diretor de Educação Continuada e a Distância da Umesp (Universidade Metodista de São Paulo), Luciano Sathler, discorda de Vera, alegando que a universidade apenas acompanha as mudanças no mundo. Mesmo assim, critica o trabalho executado pelas instituições nacionais:
 "A universidade está atrasada, sem conseguir acompanhar o ritmo de formação que o mundo está precisando. Precisa estar atenta para não ficar atrás no processo de transformação da sociedade".

Overqualified

Ter excesso de qualificações, quando a pessoa acaba sendo taxada de
 overqualified, pode restringir as oportunidades do profissional dentro de um campo de trabalho restrito, já que, no médio prazo, ele pode se desmotivar com a falta de desafios. "Lógico que se houver um plano de carreira ou se a empresa tiver condições de olhar para o futuro, pode usar isso como uma etapa e desencadear todo um processo de desenvolvimento", ressalta a gerente da Gelre.

O mercado valoriza cursos de pós-graduação, mas não é o principal diferencial dentro do processo seletivo. Vera explica que há três fatores básicos que pesam na hora da escolha: "O perfil pessoal em relação ao que é exigido; a formação e suas complementações; e toda a experiência dentro da área visada".

Cada vez mais, o mercado requer iniciativa, criatividade, capacidade de trabalhar em grupo e exige que o profissional seja sintonizado com o mundo e os interesses da população. "Isso tudo deve acontecer junto ao contínuo domínio do conhecimento, cada vez mais diversificado e capaz de interferir na vida das pessoas", declara o pró-reitor da UFMG.

Futuro

Se hoje a concorrência é tão grande e exige-se cada vez mais especialização por parte dos profissionais, como será o cenário no futuro? Para Braga, a mudança pela qual passamos será maximizada para a próxima geração. E o processo atinge desde a educação básica até a educação continuada. "As pessoas vão ter que se atualizar continuamente e, portanto, as universidades terão que criar projetos de formação para esse público".

Não basta mais apenas o(s) diploma(s) na parede. A experiência pessoal e profissional é a grande diferença entre a concorrência no mercado de trabalho. Além disso, Sathler indica um elemento que é distintivo para próxima geração: "O grande diferencial do profissional do futuro, em termos de educação continuada, é aquele que sabe transformar informação em conhecimento", aposta.

Deixar os estudos de lado significa parar no tempo e, como conseqüência, perder espaço no acirrado mundo do trabalho.
 "Os jovens têm que compreender que hoje não existe profissional pronto. Ele se faz ao longo de todo seu exercício de carreira, toda sua vida útil. Ele tem que estar preparado para jamais deixar de estudar", finaliza Braga.


Acesso: 03/12/2011.

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